sábado, setembro 19, 2009
Palavras
Pegar na caneta, ou no teclado, para te escrever é antes de mais o assumir de algumas fragilidades!
Ao escrever posso pensar e repensar cada palavra e cada frase, estudar cada ângulo de interpretação possível, voltar atrás, reorganizar ideias e no final se o resultado não agradar (e são tantas as vezes em que isso acontece) posso simplesmente rasgar e deitar fora! Mais! Ao escrever não tenho que lutar contra o teu sorriso que teima em me embriegar de felicidade, nem contra o brilho dos teus olhos, que teimam em encandear as coisas que eu tenho para te contar. Falar-te é complicado... eu abro a boca para falar e perco-me na luz do teu sorriso, no brilho dos teus olhos, na cor do teu cabelo e no calor da tua alma! Perco me na vontade de nunca mais me achar, de me deixar estar uma eternidade... toda a eternidade! Perdido, abandonado em ti! deixar me estar nesse estado de felicidade que me completa!
Por isso amor, deixa-me que te escreva o quanto gosto de ti e te amo!e permite-me que na tua presença me aconchegue no teu colo e seja imensamente feliz!
Banda sonora:Ainda por descobrir
terça-feira, setembro 08, 2009
Usa-me!
Usa-me! Quando tu me usas, sinto-me o mais deplorável ser á face da terra... de pouco me importa! Pois quando me usas estas perto de mim e reconheces a minha existência! Usa me que antes me quero usado por ti do que esquecido pelo mundo! Usa o meu corpo e cospe na minha alma! deixa me reduzido ao mais insignificante e abjecto monte de esterco! Usa a minha alma e pisa o meu corpo!
Manda me embora mas amarra-me junto a ti!
Liberta-me! Mas não me deixes partir!
Não quero ser um peso morto... mas não consigo deixar-te!
Larga-me numa valeta... mas não deixes de voltar a passar para me buscar como é teu habito!
Bate-me e insulta-me... mas toca-me! Não deixes de me tocar!
Insulta-me! Afinal é a única forma que conheces de me falares!
Deixa-me falar contigo!
Nem que seja para depois me chamares de Asno! Afinal Asno é o que eu sou por estar aqui a implorar por os teus maus tratos! Já me sangram os flancos marcados pelo compasso ritmado dos teus pontapés... ou devo dizer coices? São bestiais com certeza... um ser humano não trata assim um cão... quanto mais um ente querido...
Não me acuses mais de ter mau hálito que a podridão das minhas entranhas é fruto da tua violência física... e a falta de animo para me curar resulta da violência emocional com que tu me tratas...
estou farto!
Larga-me
Nunca mais me Usas!
Banda sonora: "Se me Amas" Xutos & Pontapés
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