A Sereia
Abro os olhos na penumbra e ali está!
Afasto-me para a contemplar melhor e aí compreendo!
O cabelo espalhado pelas costas, o lençol cobre as nádegas e as pernas, escondendo as formas que Deus lê deu e revelando as formas que o sonho trouxe! No lugar que aquela mulher ocupava está agora uma sereia. Aproximo-me de novo e toco-a, ela acorda com um sorriso, toca-me na face e promete um beijo.
Então os nossos braços deixam de estar presos aos nossos corpos, e os nossos corpos deixam de responder ás leis da física. A minha Sereia e eu, deixamos de ser dois, e num acto de carinho, afecto e intimidade sem precedentes, passamos a ser um só! Só um coração, só um corpo; uma só alma.
No abraço que lê dou encontro as minhas costas, e quando ela me aperta para si, é o seu peito que ela sente contra os seus seios. Os meus lábios encontram os lábios dela, e a união torna se perfeita!
Por largos anos, meses, dias, horas, minutos ou segundos entregamo-nos um ao outro dessa forma tão cúmplice e tão sincera. A penumbra que nos envolve é agora iluminada pela cor do seu olhar e o escuro vai-se. Tudo agora são cores luzes e sensações únicas irrepetíveis e indescritíveis.
Lentamente, muito lentamente afasto-me dela e vejo-a sair a nadar num oceano de lençóis...
Lentamente acordo e compreendo que tudo isto não passou de um magnifico sonho, olho para o lado na penumbra e lá está ela... com o cabelo espalhado pelas costas e o lençol a cobrir as nádegas...
Banda Sonora: Delfins - Manhã Perdida
segunda-feira, julho 03, 2006
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